sábado, 28 de maio de 2011

TEORIA SOBRE A TRAGÉDIA GREGA . *

filósofo Aristóteles teorizou que a tragédia resulta numa catarse da audiência e isto explicaria o motivo dos humanos apreciarem assistir ao sofrimento dramatizado. Entretanto, nem todas as peças que são largamente reconhecidas como tragédias resultam neste tipo de final catártico - algumas tem finais neutros ou mesmo finais dubiamente felizes. Determinar exatamente o que constitui uma tragédia é um assunto freqüentemente debatido. Alguns sustentam que qualquer história com um final triste é uma tragédia, enquanto outros exigem que a história preencha um conjunto de requisitos (em geral baseados em Aristóteles) para serem consideradas tragédias.

TEATRO KABUKI


Kabuki feminino ( onna kabubki )


A história do kabuki começou em 1603, quando Okuni, uma miko (jovem serviçal dos santuários xintoístas) do santuário (taisha) Izumo, passou a executar um novo estilo de dança dramática em Kyoto. Atrizes representavam papéis tanto masculinos quanto femininos em encenações cômicas sobre a vida cotidiana. O estilo conquistou popularidade instantânea; Okuni foi inclusive convidada para se apresentar na Corte Imperial. No despertar de tal sucesso, trupes rivais se formaram rapidamente e o kabuki nasceu como uma dança dramática de conjunto executada por mulheres, uma forma muito diferente de sua representação moderna. Muito do seu apelo era devido às sensuais e sugestivas performances; assim muitas eram disponíveis para os membros da platéia que pudessem pagar.

sábado, 21 de maio de 2011

TEATRO KATHAKALI .

PERSONAGENS: (3 tipos em geral)
Sattvik (denominado Pacha) - nobre, heróico, generoso e refinado ex: Rama e Krishna
Rajasik (denominado Kathi) - não só heróis e sim pertencentes a classe dos demônios guerreiros ex: Kamsa e Ravana
Tamasik (denominado Kari) - caçadores, moradores da floresta e demônios femininos

ATOR:
No kathakali temos então o Ator-bailarino e ainda com características de guerreiro. Devido a influencia religiosa, ator do kathakali é também um ator-sacerdote e, por isso, deve ser capaz de responder cada aspecto da sua vida num equilíbrio constante de sua arte que é sempre regida harmoniosamente pelos elementos.
A formação física destes atores obedece ainda a antiga tradição de guerreiros e artistas marciais de Kerala.
Em nenhuma outra forma teatral do mundo pode-se encontrar tamanha complexidade e precisão na formação técnica do ator quanto no Kathakali.
Para ser ator de Kathakali os pretendentes passam por rigoroso treinamento com dedicação exclusiva, durante anos, quase sob regime militar que começa aos 8 anos. Tudo isso serve para desenvolver uma cadeia muscular antinatural e rigorosamente definida com a finalidade de permitir o intenso fluxo de energia, assim como ter um corpo que suporte essa carga. Há a remodelagem da estrutura corporal do ator com um dia que começa às 4h da manhã com massagens, exercícios físicos e de olhos, treinamento de passos, coreografias e memorização dos textos clássicos e prática de ritmos. As intermináveis repetições associadas à severidade com que os erros são punidos moldam e disciplinam a concentração e a mente. O descanso é quinzenal, porque é obvio que os hindus não têm motivos para guardar o Domingo. Todo o processo é supervisionado por um Guru (que significa aquele que dispersa a sombra).
O indiano Nanda Kumaran levou 17 anos estudando a arte sagrada Kathakali. "Deixei de ser estudante aos 31 anos. Só depois do meu casamento é que o guru me deu permissão para deixar de ser aluno".
"Se o bailarino é aquele que busca o ar, que anseia pelo espaço, pelo etéreo, o ator vai de encontro a terra, que castiga sob seus pés para retirar dela sua energia. Suas mãos buscam o céu e seus pés agarram e excitam aterra. Se a ação do guerreiro é como a do fogo, que destrói enquanto queima, nem bom nem mau, consumindo a si mesmo sem hesitar, o sacerdote se relaciona coma água, com a qual purifica e santifica. Enquanto o fogo guerreiro se move impetuosamente e age buscando cumprir seu papel sem apegos, a água sacerdotal busca a serenidade e, ainda que seja perturbada, sua natureza a guia na direção da paz."
(The Mirror of Gesture: Abhinaya Darpana of Nandikesvara)

"Por ser o Kathakali uma dança sagrada e ritual para os hindus, ela se torna uma ambigüidade por demais complexa para os ocidentais. O ocidente não entende uma arte espiritual. É um povo adiantado materialmente, mas muito atrasado espiritualmente. O Teatro é uma manifestação da alma e por isso requer devoção e fervor, pois é necessário sempre mergulhar profundamente nas coisas às quais nos dedicamos. O ocidente nos pede minerais, água, gases. Mas devemos escavar em busca de petróleo. Porque gases, minerais e água devem ser simplesmente a conseqüência dessa busca. É sempre na intenção do petróleo que devemos escavar o que almejamos. Se eu decidisse doas um milhão de rúpias a alguém, em notas de uma rúpia, eu precisaria de um milhão de notas. Mas se preferisse doar essa quantia em ouro, bastaria um pequeno pedaço e ele teria o mesmo milhão."
(Agandanadam, velho sábio hindu)

TEATRO KATHAKALI .


ORIGEM:
Segundo lendas hindus Vishnu reencarnou na terra pela sexta vez na forma de Parasurama, para proteger a supremacia espiritual e social da casta dos Brâmanes. Após inúmeras guerras, ele finalmente resolveu abandonar sua trajetória sangrenta e, em forma simbólica, lançou seu machado ao mar. Com o golpe, a arma caiu no sul da índia e sua violência fez emergir uma faixa de terra a qual Parasurama chamou de Malabar. Para povoar essa terra sagrada, foram levadas famílias de Brâmanes que formaram uma sociedade extremamente religiosa e ritualística.
Hoje em dia Malabar é chamada de Kerala (a terra dos templos).
O intenso comércio de especiarias e o ouro negro atraiam viajantes de todo o mundo, misturando assim diferentes culturas à forte religiosidade do lugar e o gosto por grandes rituais com a constante presença de elementos dramáticos, fazendo surgir assim a mais rica forma teatral da Índia : O teatro Kathakali.

TEATRO NÔ

 No Noh, a descrição de cada cena repousa unicamente no texto do canto, nos gestos e nos movimentos do ator. A combinação desses elementos obedece a regras corporais e musicais, a teorias sofisticadas, resultando numa estética extremamente refinada, o que gera dificuldade geral em compreendê-lo e apreciá-lo. Isto ocorre sobretudo no que se refere ao libreto, escrito em linguagem arcaica e complexa, na codificação de gestos e movimentos, e na linguagem musical característica, totalmente estranha aos ouvidos comuns.